Hoje, sinto o amargo gosto da derrota, uma sensação de vazio e impotência... Sabe o que é perder um jogo aos exatos 45 minutos do segundo tempo, bem na hora em que o melhor jogador do time acabou de chutar uma bola na trave, uma bola que se tivesse entrado poderia mudar toda a história do campeonato, mas a bola não entrou por simples acaso? Só que aqui, no mais importante Estado do Brasil, e um dos mais importantes do mundo, isso foi puro descaso. E o pior, descaso de nós cidadãos honestos, progressistas e acima de tudo provedores da democracia, esse tipo de governo sinônimo de liberdade e confiabilidade.
Quanto à vitória, apertadíssima, diga-se de passagem, do partido da situação, eu poderia até dizer que foi simplesmente medo de mudar, afinal já são 16 anos de uma ditadura consentida onde o problema da educação já foi completamente solucionado, não é mesmo? Ou será que ninguém percebeu, quanto pior a educação, quanto mais adultos com diplomas na mão, porém incapazes de interpretar um discurso ou, em não raras situações, de ler um textinho sucinto e simples... Mas, o que é sucinto mesmo?
Bem, esse é o eleitor paulistano, que dá uma nova oportunidade para aqueles que sucatearam, por mais de uma década e meia, o Estado orgulho do país. Além de eleger para um cargo como o de Deputado Federal, um ilustre “sei lá o que”, semianalfabeto e repugnantemente debochado, pois dizer claramente que não sabe nada sobre a função que irá representar e que a situação do Brasil “pior do que tá não fica” é uma piada de abominável mau gosto e é, também, chamar abertamente o eleitorado paulista de burro!
No entanto, por que estou eu aqui tentando defender o indefensável? Sim, pois não há justificativa plausível para explicar tamanha alienação, desculpem-me, todavia não encontro outra palavra para designar a motivação desses acontecimentos. Do mesmo modo, nunca entendi ou entenderei o que transforma os candidatos, após serem eleitos, em criaturas intocáveis no Estado de São Paulo, já que aqui ninguém (Ou quase ninguém...) lembra em quem votou ou pensa em ir cobrar as malfadadas promessas de campanha.
E o pior é escutar, por ai, que a votação assustadora (Eu prefiro dizer catastrófica!) do Tiririca foi voto de protesto, então meus senhores a atitude mitológica de Pilatos, também, não passou de protesto? A ideia agora é essa? Vamos lavar as mãos quanto ao futuro do nosso Estado, do nosso país e nosso? Sim, moramos aqui e teremos quatro anos pela frente para nos arrependermos da atitude infantil e mesquinha de grande parte do povo de São Paulo, povo esse que não sabe usar uma das únicas armas que possui para fazer valer sua voz. Agora eu me pergunto é essa mesma a voz do povo paulista? Estamos gritando que se dane tudo? Não sei, mas a contar por ontem é o que me parece. (C.M, 04 de Outubro de 2010 14h36min. Não parece, mas é primavera).
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